Aprovada na Câmara, redução da maioridade pode acabar engavetada no Senado

Por Karine Melo, Agência Brasil

Depois da aprovação pelo plenário da Câmara dos Deputados, na última semana, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93 que reduz, em alguns casos, a maioridade penal de 18 para 16 anos, a responsabilidade por levar a discussão adiante está com os senadores, que precisam submeter o texto a dois turnos de votação. A tarefa, no entanto, não será fácil. Após o resultado da Câmara, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a dizer que pessoalmente é contrário a proposta. “Eu não sou a favor, mas não significa que a matéria não vá tramitar no Senado Federal, que já votou a atualização do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que eu acho que, do ponto de vista da sociedade, é uma resposta mais consequente”, disse.

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Por Redação, Carta Capital

Mudança no texto, orquestrada por Cunha, fez 20 parlamentares aderirem à proposta, de um dia para o outro
Com polêmica e sob protestos de parte dos deputados, a Câmara aprovou no início da madrugada desta quinta-feira 2 uma emenda aglutinativa que reduz a maioridade penal de 18 anos para 16 anos, no caso de crimes hediondos (estupro, sequestro, latrocínio, homicídio qualificado e outros), homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. O assunto já tinha sido analisado e rejeitado pelos parlamentares no dia anterior, mas voltou à pauta por conta de uma manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conseguiu, com a ajuda da oposição, fazer algumas mudanças no texto. Deputados acusam o peemedebista de golpe.

Câmara dos Deputados - Votação PEC 171/1993

Deputados acusam Eduardo Cunha de golpe, por ter feito manobra irregular

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