Programas policialescos não podem ter carta branca para violar direitos

Por Helena Martins (*), especial para a Ponte Jornalismo

O Ministério Público Federal em São Paulo ajuizou ação civil pública contra a Record e a União em decorrência de violações de direitos no programa “Cidade Alerta”. Estudo aponta que programas policialescos violam cotidianamente 12 leis brasileiras e 7 tratados multilaterais.

“Atira, meu filho; é bandido”. Essa foi uma das frases proferidas por Marcelo Rezende, do programa Cidade Alerta, da Rede Record, ao transmitir, ao vivo, uma perseguição policial a dois homens que seriam suspeitos de roubo. A ação culminou com um tiro disparado à queima roupa pelo integrante da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) da Polícia Militar de São Paulo contra aqueles que, repetidas vezes, foram chamados de “bandidos”, “marginais” e “criminosos” pelo apresentador.

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Ilustração: Junião

 

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Andi faz monitoramento de violações de direitos em programas de Rádio e TV

O Guia de monitoramento: Violações de direitos na mídia brasileira é decorrente de forte demanda do movimento social brasileiro, provocada pela proliferação de narrativas midiáticas que violam direitos elementares, previstos em lei. Capitaneada pela TV, a tendência espraia-se por outros meios e dilui as fronteiras entre jornalismo e entretenimento, afetando a credibilidade da imprensa e colocando em xeque as regras da democracia.

Editada no âmbito de um programa de monitoramento de mídia desenvolvido por um pool de organizações e coordenado pela ANDI, a publicação constitui-se em instrumento de diálogo com as instituições que integram a estrutura democrática brasileira e a sociedade em geral, que vêm sendo impactadas negativamente por essas narrativas, apelidadas por estudiosos do fenômeno de “policialescas”.

Suzana Varjão - Guia de monitoramento: Violações de direitos na mídia brasileira

Suzana Varjão, da Andi

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Mídia contribui para redução da maioridade penal, afirma jornalista

Por Mara Régia, Rádios EBC

No Dia da Mentira, O Viva Maria de quarta-feira(1) faz questão de dizer umas verdades a respeito da aprovação da constitucionalidade da PEC 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, votada na manhã de ontem (31) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Foram 42 votos a favor e 17 contra. E a sensação para as pessoas contrárias à proposta é a mesma daquele inesquecível 7 a 1 entre Alemanha e o Brasil! Contudo, desesperar jamais!

A jornalista baiana Suzana Varjão, gerente de qualificação de mídia da ANDI – Comunicação e Direitos, avalia a responsabilidade da mídia, que de forma articulada trabalhou muito em prol dessa PEC. “Só se noticia, só se discute nos meios de comunicação a questão dos adolescentes em conflito coma lei a partir de um evento grave”, afirma Suzana Varjão.

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Foto: Agência Brasil

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Subsídios para o debate: redução da idade penal

Para contribuir com a discussão ora travada sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/93, que visa reduzir de 18 para 16 anos a idade penal, a ANDI – Comunicação e Direitos entrevistou autoridades que lidam com adolescentes em conflito com a lei; compilou artigos de juristas e outros especialistas; reuniu manifestações de organizações de âmbitos nacional e internacional que atuam no campo da defesa de direitos de crianças e adolescentes; e lançou pesquisa inédita a respeito do tema em questão.

Pela qualidade e atualidade dos conteúdos reunidos, e pela importância de se continuar produzindo e disseminando subsídios qualificados para este complexo debate, a ANDI volta a disponibilizar o citado material. Veja a síntese do conjunto e clique nos links para ter acesso aos textos: Continuar lendo