‘População negra é a maior vítima na segurança pública’

Por Isabella Sander, Jornal do Comércio

Diante de um cenário de extermínio da população jovem e, especialmente, negra no Brasil, o governo federal tem focado na busca por diminuir os índices alarmantes, que apontam, por exemplo, que, em 2012, 56 mil pessoas foram assassinadas. Dessas, 30 mil eram jovens e, destes, 77% eram negros. Em março, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciou o genocídio do povo negro no País, demandando uma posição da União. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, revelou que algumas medidas estão sendo planejadas, como o maior controle da União na área da segurança pública e a mudança de uma política que prioriza a investigação de crimes patrimoniais para uma que dê atenção principalmente a crimes contra a vida. Atualmente, menos de 8% dos casos de homicídios chegam a ser julgados.

São Paulo lança programa contra morte de jovens negros nas periferias

A prefeitura de São Paulo vai lançar no próximo dia 25 o programa Juventude Viva, iniciativa do governo federal para reduzir a mortalidade de jovens negros nas periferias das grandes cidades. O anúncio foi feito hoje (15) pelo secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, durante colóquio internacional na zona oeste da capital. Principal bandeira da administração petista na área, o programa será apresentado em cerimônia no CEU Campo Limpo, na zona sul. “As estatísticas mostram que houve uma queda nos índices de homicídio no país, mas as taxas de mortalidade não se reduziram entre jovens negros”, argumentou Sottili. “A ideia do Juventude Viva é levar políticas públicas para os territórios mais vulneráveis da cidade. Não apenas segurança, mas cultura, esporte e educação. São mais de 30 ações integradas do governo federal e estadual, como CEU das Artes, Pontos de Cultura e Programa 2ª Tempo, para reduzir os índices de homicídio em dez regiões da cidade.”

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