A Juventude merece mais

Por Alan Miranda, Observatório de Favelas

Aos 16 anos de idade, uma pessoa pode ter inúmeras ocupações, anseios, possibilidades e perspectivas de vida em nossa sociedade. Com 16 anos, geralmente as/os adolescentes estão cursando o ensino médio, às vezes fazendo um curso técnico concomitante, outros têm a oportunidade de cursar uma língua estrangeira, estudar música, teatro, circo, artes, praticar esportes, viajar para outros estados, países, tudo isso partindo de uma perspectiva otimista. Nesta idade surgem novas responsabilidades: o voto é facultativo e, com a permissão dos pais, pode ser emancipado. Mas ainda é uma fase de experimentação, de descobertas, de “primeiras vezes”.

ip010694Foto de capa: Elisângela Leite / Imagens do Povo

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Hipocrisia não combate violência

Se a redução da maioridade penal for aprovada, as expectativas de oportunidades – fundamentais para a cultura de paz – serão ainda mais frágeis.

Por Rodrigo Gomes e Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual

José Ferreira tem 26 anos. Trabalha desde os 17, hoje como operador de estacionamento em Interlagos, na zona sul de São Paulo, região onde também vive com a atual mulher e a enteada de 7 anos; o filho de 6, do primeiro casamento, mora em Minas Gerais. “Vou voltar a estudar e a fazer faculdade. O trabalho e o amor da família fazem o homem crescer”, acredita. Sua vida é a de cidadão comum, mas já esteve muito perto de não ser. Há dez anos, “levado por um impulso”, com um grupo de amigos da mesma idade, cometeu um ato infracional e foi apreendido. Sentença: oito meses de liberdade assistida, cumpridos no Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca), de sua região.

Hipocrisia não combate violência - Tomaz Silva/Abr

Gente do bem: no Rio de Janeiro, grupo discute e protesta contra a redução da maioridade penal

Foto: Tomaz Silva/ABr

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Bloco EURECA vai para a rua no dia 18 de novembro

18 de novembro é dia do Grito de Carnaval do Bloco EURECA: Eu Reconheço o Estatuto da Criança e do Adolescente. O grupo, que tradicionalmente vai às ruas de São Bernardo do Campo, está se preparando para fazer a folia em frente à sede administrativa da Fundação Casa, no centro da capital paulistana. O tema, o samba-enredo e as fantasias são definidos e construídos pelas crianças e adolescentes participantes do Projeto Meninos e Meninas de Rua, organização não governamental sem fins econômicos que realiza ações socioeducativas. Esta intervenção lúdica do Bloco faz parte da programação da Ação Global desenvolvida por Terre des Hommes – Alemanha em mais de 35 com a intenção de comemorar o aniversário da Convenção Internacional dos Direitos da Criança com um grito em defesa de todas as crianças e adolescentes.

Bloco Eureca

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Fundação Casa: “O encarceramento em massa favoreceu a expansão e consolidação do PCC”

Afirmação é do antropólogo Fábio Mallart, que acaba de lançar o livro “Cadeias dominadas”, onde conta a história da instituição, aponta a forte presença do PCC dentro das unidades e reconhece a tortura como parte da “história institucional” do sistema socioeducativo

Por Igor Carvalho

No momento em que discute os rumos da Fundação Casa, que terá suas unidades terceirizadas, após aprovação de Projeto de Lei Complementar que entrega a administração da instituição às Organizações Sociais, o antropólogo Fábio Mallart lança o livro “Cadeias dominadas”, questionando a estrutura da ex-FEBEM e contando a história de um ambiente que se tornou um “campo de batalha.”

Fundação Casa Agência Brasil

Foto: Agência Brasil

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