Nem de menino, nem de menina Apenas brinquedos

Por Camilo Rocha, Nexo Jornal

Mães e pais estão dando bonecas para seus filhos e carrinhos para suas filhas. É uma tentativa de romper as pré-definições que vêm atreladas aos produtos destinados a crianças. A discussão em torno de brinquedos e gênero é tão importante que até o governo americano tem se posicionado sobre o tema. Para especialistas, a rotulação reforça preconceitos e limita as escolhas profissionais do futuro.

As discussões relacionadas a gênero estão em evidência em vários segmentos da sociedade hoje: no mundo da moda, no mercado de trabalho,na política. E ganham relevância também quando o assunto são as crianças e suas brincadeiras. Como se trata de seres humanos em formação, das raízes de comportamentos futuros, os temas adquirem aqui uma dimensão complexa e sensível. Para quem se debruça sobre o assunto, rotular brinquedos ou brincadeiras para “meninos” ou “meninas” tem reflexos em diversos aspectos que vão da perpetuação de preconceitos à limitação de opções de carreira profissional.

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Pelos Direitos dos Meninos

Por Sílvia Amélia de Araujo, em R7

Que nenhum menino seja coagido pelo pai a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta (isso ainda acontece muito nos interiores do Brasil!)

Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua “macheza” quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil (isso acontece em todo lugar!)

Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina

Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso é coisa de menina

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Cena do filme Meninos de Kichute

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Cultura machista faz com que vítimas de estupro não reconheçam violência, diz psicóloga

Por Camilla Costa, BBC Brasil 

Não existe o “grande monstro estuprador”. Na maioria dos casos de violência sexual, os perpetradores são considerados “homens normais”, que não acham que cometeram um ato violento. Mas o que exatamente eles pensam? É o que investiga a brasileira Arielle Sagrillo Scarpati, de 28 anos, que faz doutorado em psicologia forense na Universidade de Kent, na Inglaterra.

“Quando você olha a literatura sobre o tema, observa que a maioria dos casos de estupro são cometidos por agressores que não têm nenhuma patologia. A gente tem essa noção de que o estuprador é um monstro, um psicopata. Mas na verdade esses homens são o que chamamos de normais, em geral tidos como pessoas boas, salvo raras exceções. Isso sempre me chamou muito a atenção”, disse à BBC Brasil.

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Cultura machista faz com que homens “normais” que cometem violência não se enxerguem como agressores, diz Scarpati

 

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Colóquio discute Justiça Juvenil no Rio Grande do Sul

Nos dias 12, 13 e 14 de novembro, o tema Justiça Juvenil será o assunto central de Colóquio Internacional na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O evento tem como objetivo fomentar a discussão, no âmbito acadêmico, de pessoas que atuam no campo dos adolescentes envolvidos com a Justiça e com a violência.

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