Sociedade de consumo também leva ao crime, diz socióloga

Por Manuela Azenha, Brasileiros

Para a socióloga Rosana Schwartz, assim como para a maior parte dos especialistas em direitos humanos, está provado que a redução da maioridade penal não é resposta para reduzir a criminalidade. Professora de Sociologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Rosana argumenta que a cultura do consumismo nunca esteve tão aguçada. Apesar de ter havido maior inclusão social no Brasil nos últimos anos, a crescente necessidade de afirmação do indivíduo por meio da aquisição de objetos faz com que a violência continue aumentando no País. Abaixo, trechos da entrevista com Schwartz à Brasileiros para a série semanal sobre o tema:

Rosana Schwartz - Revista Brasileiros

Foto: Reprodução FB

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Divisão na Câmara ameaça redução da maioridade penal

Líderes partidários na Câmara indicam que a proposta de emenda à Constituição (PEC) da redução da maioridade penal (171/93) deve ter dificuldades para ser aprovada pela Casa, na votação marcada para o dia 30 de junho, apesar da adesão considerável de grande parte dos parlamentares. Nem mesmo no interior de bancadas favoráveis à proposta, como as de PSDB e PMDB, há unanimidade, o que deve dificultar a obtenção dos 308 necessários para que seja acatada a responsabilização penal de jovens de 16 a 17 anos.

Estudante esfaqueado no trem usa a internet para falar sobre a violência

Por Brasil Post, via Agência Estado
O estudante Pedro Arthur Britto Santa Cruz, de 18 anos, esfaqueado no braço dentro de um trem da SuperVia no último dia 30, vem utilizando a internet desde que recebeu alta médica, no dia 2, para se manifestar sobre a violência sofrida e desabafar sobre o trauma. Na última quarta-feira, dia 3 de junho, ele escreveu em seu perfil no Facebook que sente compaixão de Michael Douglas Gonçalves da Silva, de 19 anos, suspeito de tê-lo esfaqueado que está preso desde terça-feira.

PEDRO SANTA CRUZ
Foto: Agência Estado

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“A Polícia Militar precisa enfrentar o desafio de modernizar e humanizar a corporação”

Depoimento emocionante do Coronel Íbis Silva Pereira, chefe de gabinete do comando geral da PM do Rio de Janeiro: “Por que a gente não disputa os nossos meninos e as nossas meninas que a gente está perdendo para o tráfico? Não é reduzindo a maioridade penal não porque isso é abrir mão deles.” Íbis falou ainda sobre as péssimas condições de trabalho dos policiais militares e criticou a política de guerra às drogas, durante a audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Alerj, no dia 19 de maio de 2015.

”As forças públicas de segurança foram envolvidas nessa guerra política e aconteceu uma questão entre nós que ainda precisa ser estudada. No momento em que a gente sai da ditadura, a gente entra numa outra guerra que a gente incorporou, essa maldita guerra às drogas! E é justamente quando acontece essa coisa terrível, a gente sai de uma guerra, o Brasil reencontra a democracia no final da década de 79 e a gente entra numa outra guerra. O inimigo mudou: O inimigo não é mais o garoto lá, o garoto subversivo, o inimigo agora é o traficante de drogas e há mais de 30 anos que a gente está fazendo guerra. Em 1988 veio uma Constituição que dá uma nova cara para a nossa sociedade. Na década de 90 foi a pior época da Policia Militar na terra de guerra. Nós chegamos a ter nesse Estado 56 mortes por 100 mil habitantes durante a década de 90. Foi quando se instituiu entre nós a famigerada gratificação faroeste. Isso já foi política de Segurança Pública de Estado, isso já foi política! Essa loucura já foi política de segurança aqui. Isso tem uma consequência: Quem planta vento, colhe tempestade. O que nós estamos colhendo hoje é a tempestade dessas insanidades que foram chamadas de políticas de seguranças entre nós. É preciso consertar isso, é preciso modernizar a policia, fazer o que deveríamos ter feito lá na década de 90, quando todas as instituições estavam progredindo, se adaptando a nova realidade constitucional, estavam entregando fuzis para garotos de 25 anos, empurrando esses meninos para matar e para morrer dentro da favela.O resultado é esse aí: Uma instituição que parou no tempo.”

Assista ao vídeo!

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Ex-esposa de ciclista assassinado no RJ é contra a redução da maioridade penal

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Violência: Brasil mata 82 jovens por dia

Por Marcelo Pellegrini

Matou-se mais no Brasil do que nas doze maiores zonas de guerra do mundo. Os dados são da Anistia Internacional no Brasil e levam em conta o período entre 2004 e 2007, quando192 mil brasileiros foram mortos, contra 170 mil espalhados em países como Iraque, Sudão e Afeganistão. Os números surpreendem e são um reflexo de uma “cultura de violência marcada pelo desejo de vingar a sociedade”, conta Atila Roque, diretor-executivo da base brasileira da Anistia Internacional. De acordo com os últimos levantamentos feitos pelo grupo, 56 mil pessoas foram assassinadas em solo brasileiro em 2012, sendo 30 mil jovens e, entre eles, 77% negros.

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Sai o Mapa da Violência 2014

O estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciência Sociais (Flacso Brasil) mostra o panorama da evolução da violência dirigida contra os jovens no período compreendido entre 1980 e 2012. Analisando os dados de Estados, Capitais e Municípios, tenta-se identificar os locais e os determinantes dessa violência em 3 níveis de análises temporais: em curto, médio e longo prazo. mapa_violencia_2014_flacso_brasil.jpg


São homicídios, suicídios e acidentes de transporte. Verifica-se também, em diferentes capítulos, a incidência de fatores como o sexo, a raça/cor e as idades das vítimas dessa mortalidade, considerando-se população total e jovem.
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