“Será uma tragédia”, diz coronel da PM sobre mudanças no Desarmamento

O atentado a uma boate em Orlando reacendeu o debate sobre a legalização de armas nos Estados Unidos. Por aqui o assunto voltou no final do ano passado, quando uma comissão na Câmara aprovou um projeto que modifica o Estatuto do Desarmamento para facilitar a venda de armas no Brasil. “As pesquisas mostram claramente que o aumento do número de armas reflete em um aumento da violência”, disse o coronel em entrevista à Brasileiros.  À Brasileiros, o coronel da Polícia Militar e membro do Fórum de Segurança Pública, José Vicente da Silva, criticou o projeto de lei que visa modificar o Estatuto do Desarmamento

Por Alex Tajra, Revista Brasileiros

Na última semana o Congresso Nacional foi palco de mais uma decisão reacionária. A comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou o PL 3.722/12, do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que tem como objetivo modificar o Estatuto do Desarmamento, em vigor desde 2003. O texto-base proposto pelo peemedebista abranda as exigências para compra e porte de armas, reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para comprá-las e autoriza o porte para senadores e deputados federais.

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TJAM encaminha 352 armas de fogo para destruição – Foto: Raphael Alves/ Fotos Públicas (16/09/2015)

 

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Homicídio é a principal causa da morte de jovens no país

Por André Falcão, Senado Notícias

A violência é um dos problemas mais graves e presentes na vida dos brasileiros. Para a parcela de jovens da população, esse problema toma proporções de tragédia. Segundo os dados do estudo Mapa da Violência 2015: adolescentes de 16 e 17 anos do Brasil, as mortes de jovens por causas naturais diminuíram significativamente desde a década de 1980, em contraste com o aumento por causas não naturais, entre as quais se destaca a disparada no número de mortes por homicídios. O autor do estudo, Julio Jacobo Waiselfisz, em relato à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Assassinato de Jovens, em junho, informou que, em 2013, 46% do total das mortes de jovens (quase a metade) de 16 e 17 anos foi por homicídio. O número de assassinatos passou de 1.825, em 1980, para 10.520, em 2013.

Campanha Jovem Negro Vivo, no Rio, chama a atenção para o alto número de assassinatos de adolescentes no país

Campanha Jovem Negro Vivo, no Rio, chama a atenção para o alto número de assassinatos de adolescentes no país. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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22 anos depois da chacina, Brasil tem 3,5 Candelárias por dia

Por Marina Baldoni Amaral, Flacso Brasil

O aumento real e constante da violência contra crianças e adolescentes e tentativas de retrocesso na legislação que protege os direitos dessa população marcaram os 22 anos da Chacina da Candelária. Duas décadas depois do massacre, o Brasil registra por ano mais de dez mil homicídios de crianças e adolescentes na mesma faixa etária das oito vítimas do massacre ocorrido no Rio de Janeiro em 1993 (11 a 19 anos). Isso equivale a dizer que ocorrem no país 3,5 Candelárias todos os dias. Este dados deram o tom das cerimônias que ocorrem em memória das vítimas da chacina, dias 22 e 23 de julho, no Rio de Janeiro.

Ato 23 anos Candelária Nunca Mais - Foto: Michelle CastilhoFoto: Michelle Castilho

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18 vozes adolescentes contra a redução da maioridade penal

Via Portal Aprendiz – Matéria produzida em parceria com o Centro de Referências em Educação Integral e o Promenino.

Nas horas mortas da madrugada, acontece muita coisa no Brasil. Na calada da última noite, o Congresso Nacional, liderado por Eduardo Cunha (PMDB), votou a redução da maioridade penal um dia após a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171 ter sido derrotada em plenário. Ao todo, 513 deputados, em sua imensa maioria homens, brancos, com mais de cinquenta anos, protagonizaram um golpe na democracia e no futuro da já tão vulnerável  juventude brasileira.

Basta olhar para os dados: Quase metade (46%) dos adolescente entre 16 e 17 anos mortos em 2013 foram assassinados. É o que comprova o Mapa da Violência, estudo coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz e divulgado nessa segunda-feira (29.6).

18 vozes adolescentes contra a redução da maioridade penal

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Seminário promoverá debate sobre a redução da maioridade penal com adultos, adolescentes e jovens

Alvos da redução da maioridade penal, adolescentes e jovens ajudarão o Seminário Mais Justiça, menos violência – pelos direitos da infância, adolescência e juventude, que acontece dias 25 e 26 de junho, a argumentar com população em geral

Com os objetivos principais de construir argumentos para dialogar com a população sobre a redução da maioridade penal e a elaborar um Plano de Ação no Distrito Federal e entorno, o Seminário Mais Justiça, menos violência – pelos direitos da infância, adolescência e juventude contará com a participação de jovens na mediação das oficinas, formando duplas com adultos, e como público também. O evento, que acontece dias 25 e 26 de junho na Universidade Católica de Brasília, terá ainda profissionais de atendimento direto de instituições públicas e privadas e as organizações não governamentais do Distrito Federal e entorno.

Seminário Mais Justiça, Menos Violência - Brasília/DF Continuar lendo

Mensagem da CNBB sobre a Redução da Maioridade Penal

“Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6).
Temos acompanhado, nos últimos dias, os intensos debates sobre a redução da maioridade penal, provocados pela votação desta matéria no Congresso Nacional. Trata-se de um tema de extrema importância porque diz respeito, de um lado, à segurança da população e, de outro, à promoção e defesa dos direitos da criança e do adolescente. É natural que a complexidade do tema deixe dividida a população que aspira por segurança. Afinal, ninguém pode compactuar com a violência, venha de onde vier.

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Jovens se mobilizam contra a redução da maioridade penal em seis capitais

Por Redação, Brasil de Fato

Movimentos afirmam que juventude não é a grande responsável pela violência no país, mas sua principal vítima.

Movimentos populares realizaram nesta quarta-feira (27) diversas mobilizações contra a redução da maioridade penal. A intenção das entidades é alertar a população para o que representa a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171, que visa diminuir a maioridade penal de 18 para 16 anos. Os atos ocorreram em seis capitais.

Amanhecer pela Juventude - Dia Nacional de Luta contra a Redução - Lapa - Rio de Janeiro

 Foto: Campanha Amanhecer pela Juventude

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Elas passaram pela Febem

Por Fernanda Cirenza, Manuela Azenha e Vinícius Mendes Vinícius Mendes, Revista Brasileiros

Apesar dos sorrisos estampados nesta foto, Valeria Di Pietro e Herenice Santos Cruz, cada uma a seu modo, viveram experiências pouco suaves na Casa. Aqui, elas contam por que o debate em torno da redução da maioridade penal não pode ser levado de forma leviana. Santos Cruz gosta de ser chamada de Nice Pequena ou apenas Pequena, nome que recebeu três meses antes de sair de uma unidade da Febem, atual Fundação Casa. A educadora Valeria Di Pietro foi quem a rebatizou, por causa de seu tipo físico miúdo. Foi Valeria também quem a ajudou a olhar a vida de outra maneira.

veleria-e-herenice-foto-luiza-sigulem Revista Brasileiros

A educadora Valeria e a ex-interna Herenice se encontraram durante uma montagem de teatro com meninos da Febem. Não se separam mais – Foto: Luiza SigulemHerenice

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Não consigo respirar…

 Por Mauricio Pestana *

O assassinato de um jovem negro nos Estados Unidos por um policial branco, que foi absolvido, virou motivo de protestos unindo negros e brancos na Europa e EUA como há muito tempo não acontecia. E o Brasil, segunda nação mais negra do mundo como se coloca neste contexto?

Carta Capital - De Ferguson a São Paulo

Foto: Carta Capital

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Seminário debate realidade apontada pelo Mapa da Violência 2014

É perigoso, muito perigoso, ser jovem, do sexo masculino e negro, no Brasil. Ao todo, 30.072 adolescentes e jovens, com idades entre 15 e 29 anos, foram vítimas de homicídio. E o número representa 53,4% do total de mortes desse tipo no país – 91,6% também eram homens. Os dados são do Mapa da Violência 2014 que mostra um crescimento de 13,4% nos registros de homicídios em comparação a números de 2002. Com a proposta de debater o extermínio de jovens brasileiros, posicionando-se contra essa triste realidade, será realizado no próximo sábado (13), o Seminário Pela Vida da Juventude: Discutindo o Mapa da Violência 2014. O encontro acontece no Cuca Mondubim e terá a presença do coordenador da área de estudos sobre a violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil) e organizador do próprio Mapa da Violência, Julio Jacobo Waiselfisz.

DIVULGAÇÃO-Pela-Vida-da-Juventude

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