Caixa de ódio

Por Bruno Paes Manso*, Revista Trip

O Brasil insiste em depositar uma parcela cada vez maior de sua população em prisões dignas da Idade Média. Mas o encarceramento em massa no país não vem estancando as taxas de criminalidade, pelo contrário. É ali que o crime se articula.

Punir o criminoso em defesa da sociedade e do bem comum. É para isso que as prisões são feitas, com a civilização dando um passo adiante em relação às punições via tortura e morte dos tempos medievais. Mas basta olhar as celas superlotadas de algum centro de detenção provisória de São Paulo, como a da foto ao lado, para perceber que as prisões continuam dignas da idade das trevas e podem produzir efeitos contrários ao que delas se espera.

Caixa de ódio - Revista Trip

Foto: Revista Trip

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CPI da violência contra jovens negros pede apuração de Crimes de Maio e caso Amarildo

Por Rodrigo Gomes, da Rede Brasil Atual

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a violência contra jovens negros aprovou dia 15 seu relatório final, pedindo que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, analise casos de chacinas e violações de direitos humanos denunciados à comissão durante as audiências realizadas. Entre os casos estão os chamados “Crimes de Maio”, quando pelo menos 505 pessoas foram mortas polícias Militar e Civil paulistas, após os atentados cometidos pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), entre os dias 12 e 20 daquele mês, em 2006. Também menciona o desaparecimento do pedreiro Amarildo Dias de Souza, na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

cpi

A deputada Rosangela Gomes defende que casos de violação de direitos humanos sejam analisados pela Justiça Federal

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Fundação Casa: “O encarceramento em massa favoreceu a expansão e consolidação do PCC”

Afirmação é do antropólogo Fábio Mallart, que acaba de lançar o livro “Cadeias dominadas”, onde conta a história da instituição, aponta a forte presença do PCC dentro das unidades e reconhece a tortura como parte da “história institucional” do sistema socioeducativo

Por Igor Carvalho

No momento em que discute os rumos da Fundação Casa, que terá suas unidades terceirizadas, após aprovação de Projeto de Lei Complementar que entrega a administração da instituição às Organizações Sociais, o antropólogo Fábio Mallart lança o livro “Cadeias dominadas”, questionando a estrutura da ex-FEBEM e contando a história de um ambiente que se tornou um “campo de batalha.”

Fundação Casa Agência Brasil

Foto: Agência Brasil

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