‘População negra é a maior vítima na segurança pública’

Por Isabella Sander, Jornal do Comércio

Diante de um cenário de extermínio da população jovem e, especialmente, negra no Brasil, o governo federal tem focado na busca por diminuir os índices alarmantes, que apontam, por exemplo, que, em 2012, 56 mil pessoas foram assassinadas. Dessas, 30 mil eram jovens e, destes, 77% eram negros. Em março, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos denunciou o genocídio do povo negro no País, demandando uma posição da União. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, revelou que algumas medidas estão sendo planejadas, como o maior controle da União na área da segurança pública e a mudança de uma política que prioriza a investigação de crimes patrimoniais para uma que dê atenção principalmente a crimes contra a vida. Atualmente, menos de 8% dos casos de homicídios chegam a ser julgados.

Redução da Maioridade Penal: uma iniciativa anti população negra

1. O racismo institucional do parlamento brasileiro, agravado pela atitude covarde de parlamentares de bancadas conservadoras e fundamentalistas na câmara federal. Pois sim, eles sabem, e muito bem, que esta medida é destinada somente aos homens e mulheres negras de todas as idades;

2. A desumanização do povo negro e o caminho para acelerar seu extermínio. Esses parlamentares sabem, perfeitamente, que reduzir a maioridade penal é tratar o problema pela superfície   e, que não  é  solução, nem começo de solução, para  enfrentar  as desigualdades  históricas a qual está sujeita  a população  negra. Mas não se importam com isso. Não tem interesse em mudar a realidade, porque são econômica e politicamente favorecidos por esta situação;

3. A legalização da criminalização da pobreza. Eles sabem que os maiores crimes são praticados por quem tem poder e dinheiro, inclusive, por eles próprios, mas entendem que os pobres é quem devem ser encarcerados;

Articulação de Mulheres Brasileiras

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