Redução da maioridade penal deve ser analisada sob perspectiva social

Por Portal O Vermelho com informações do CRESS-SP

O diretor do Conselho Regional de Serviço Social de São Paulo (CRESS-SP) Luciano Alves, avalia a pesquisa do Datafolha, que aponta que 87% dos brasileiros são favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos em todos os casos de crimes. “A estatística é preocupante e evidencia que grande parte da população não vê a questão sob uma perspectiva social”, alerta o assistente social. “Uma aceitação tão grande mostra que a sociedade, assim como o Estado, trata a redução da maioridade penal de forma punitiva. Grande parte das pessoas que responde sim a uma pesquisa dessas é movida pela emoção, a punição desse adolescente é quase uma vingança. Esquecer a questão social é um retrocesso”, comenta o diretor.

 

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Eu negra.

Por Vanessa Rodrigues

Não vou começar esse texto dizendo que sou filha de mãe branca e pai negro, porque até é um pouco isso, mas não bem assim. Minha mãe é o que costumamos chamar de morena com o cabelo liso, numa aparência mais indígena (e sabemos que cabelo liso automaticamente branqueia um brasileiro). Meu pai era negro, mas com traços caucasianos (ou “finos” como dizem, ao descrevê-lo). Ele, sim, filho de pai branco e mãe negra.

E nasci eu, uma criança “embaralhada nesse ser-não-ser negra”, como perfeitamente definiu Lia Siqueira (“Nós resistimos, negra soy!”). Assim vivi minha infância: podendo ser considerada fenotipicamente branca, de pele clara (fui chamada de galega por anos), cabelos bem cacheados castanhos quase loiros (“cachinhos de ouro” foi meu apelido dado por minha avó), mas com traços de negro: nariz e lábios “grossos”, por exemplo. E, à medida que o tempo ia passando, no corpo também a minha miscigenação ia se pronunciando mais ainda. Não a toa fui uma criança hipersexualizada. O assédio de rua que sofri começou cedo: 9 anos é minha lembrança mais remota. Hoje, tenho plena clareza que isso também passava pelo racismo.

Eu negra

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Projeto critica os padrões estéticos e revela a beleza de cada pessoa

Para mostrar que as definições de beleza em nossa sociedade estão totalmente incorretas, duas garotas norte-americanas de 16 anos, chamadas Ilana e Marlena, criaram a campanha “The Honest Beauty Project” (“Projeto Honesto de Beleza”, em português).

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