“Há no Rio um processo perverso de criminalização da pobreza”

Por Marcelo Pellegrini, Carta Capital

O Rio de Janeiro viveu, nas últimas semanas, uma série de arrastões em praias nobres da zona sul, sendo a maioria destas ações protagonizada por adolescentes. A onda de violência causou indignação e medo na população, e foi ampliada pela organização de grupos justiceiros formados por adolescentes de classe média nas redes sociais. Diante deste cenário de descontrole social, as autoridades agiram reforçando o policiamento e realizando bloqueios dos ônibus vindos dos subúrbios, ação que foi interpretada como ilegal pela Justiça. A proibição dos bloqueios irritou o governo, que acusou o Judiciário de “engessar a polícia”, e aumentou a sensação da população de que o governo é incapaz de combater a violência.

Marcelo Freixo - Tomaz Silva / Agência Brasil

Para Freixo, arrastões não podem ser minimizados, mas repressão precisa ser feita dentro dos limites da lei. Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

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Movimento Candelária Nunca Mais faz ato dia 23 no Rio

Por Marina Baldoni Amaral, Flacso Brasil

Na noite de 23 de julho de 1993, policiais atiraram contra mais de 70 crianças e adolescentes sem-teto que dormiam próximo à Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro. Oito deles, com idades entre 11 e 19 anos, foram mortas no massacre. Hoje, 22 anos depois da Chacina da Candelária, a violência contra os jovens, principalmente pobres e negros, continua crescendo. Dados do Mapa da Violência mostram que o homicídio é a principal causa de morte de adolescentes de 16 e 17 anos no país.

Ato Movimento Candelária Nunca Mais - arte Guilherme Baldi

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Rio tem protesto contra Eduardo Cunha e redução da maioridade penal

Por G1

Grupo caminhou pela Av. Rio Branco, que foi liberada por volta das 19h30. Manifestantes iam em direção ao gabinete do presidente da Câmara.

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7/07: Dia Nacional de Luta contra a Redução da Maioridade Penal

Brasília

Sessão Solene em Homenagem aos 25 Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA

Na terça-feira (07/07) será realizada na Câmara Federal uma Sessão Solene em Homenagem aos 25 Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.É aberta ao público, participe!
Local: Plenário Ulysses Guimarães
Data: 7 de julho de 2015
Hora: 10 horas

Mais informações: https://www.facebook.com/events/1602177756724405/

Sessão solente em homenagem ECA - Amanhecer contra a redução da maioridade penal

Mais informações: https://www.facebook.com/amanhecercontraareducao/photos/a.339857889541042.1073741828.339652869561544/364999557026875/?type=1&theater

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Rolezinhos contra a redução da maioridade penal

Coletivo inspirado em movimento uruguaio prepara novas ações para mudar opinião da população

Rio de Janeiro tem dia histórico contra a redução da maioridade penal

Mais de 20 mil pessoas se reuniram em grande festival realizado por coletivos, movimentos sociais e artistas

Texto Larissa Gould para Jornalistas Livres e fotos Cobertura Colaborativa Amanhecer

O movimento Amanhecer contra Redução surgiu em meados de abril, inspirado na campanha uruguaia No a la Baja, que impediu a redução da maioridade penal no país vizinho. Uma iniciativa de jovens criativos, principalmente estudantes secundaristas, para resistir contra a redução de uma forma didática e leve, com a cultura.

Foi algo dessa natureza que deixou o centro da cidade maravilhosa mais colorido na manhã deste domingo. O Festival Amanhecer, fruto da construção colaborativa de coletivos, movimentos sociais e artistas, reuniu cerca de 80 atrações de música, dança, teatro, grafite, debates, fotografia e poesia na Praça XV para um público total de mais de 20 mil pessoas.

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Rio tem evento com cara de carnaval contra redução da maioridade penal

Por Gabriel Barreira, G1

Atividades infantis e shows vão até 23h deste domingo. Organizadores esperam receber milhares de pessoas.

A Praça XV, ponto de partida e trajeto de blocos de rua tradicionais do Rio, recebe neste domingo (14) um festival com cara de carnaval e polêmico teor político. O Festival Amanhecer reúne bandas, artistas independentes e ativistas contrários a redução da maioridade penal. Entre os apoiadores do evento estão Chico Buarque e Chico César.

Rio tem evento com cara de carnaval contra redução da maioridade penal (Foto: Gabriel Barreira/G1)Rio tem evento com cara de carnaval contra redução da maioridade penal (Foto: Gabriel Barreira/G1)

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Estudo revela que SP tem maior taxa de encarceramento de negros do país

Por Thiago Reis, G1, em São Paulo

Secretaria Nacional da Juventude traça perfil do sistema prisional. Acre registra o maior índice de jovens presos entre todos os Estados.

São Paulo é o Estado com a maior taxa de encarceramento de negros no país. O estado tem 595 presos negros a cada grupo de 100 mil habitantes negros. É o que revela um estudo da Secretaria Nacional da Juventude, da Presidência da República, obtido pelo G1. Ele será divulgado nesta quarta-feira (3), em Brasília.

Taxa - negros (Foto: Arte/G1)

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Pelo Brasil: Dia Nacional de Luta contra a Redução da Maioridade Penal

Dia 27 de maio, movimentos contrários à redução da maioridade penal organizam uma ação nacional de mobilização: O Dia Nacional de Luta contra a Redução da Maioridade Penal. A ideia é que ocorram atividades simultâneas em diferentes Estados do Brasil.

Belo Horizonte: Dia Nacional de Luta contra a Redução da Maioridade Penal – atividades na Praça Sete, a partir das 18h – http://wp.me/p3LXI0-19J Dia Nacional de Luta contra a Redução da Maioridade Penal - Belo Horinzonte - Oficina de Imagens

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Não tenho motivos para comemorar os 450 anos do Rio

Só vejo tortura, encarceramento e morte do povo negro carioca

por Walmyr Júnior, do Jornal do Brasil

Bem, sei que a beleza natural da minha cidade, o Rio de Janeiro, encanta, fascina e seduz turistas do mundo inteiro, porém, eu não vejo aqui motivos para comemorar tal aniversário de 450 anos. Quando olho pra favela vejo jovens negros morrendo, olho para os presídios e vejo a população negra encarcerada, olho para a história da minha cidade e vejo que meus ancestrais, negros e escravos, foram mortos e torturados durante o período colonial, sem falar do período da ditadura que até hoje não se sabe quantos negros foram sequestrados e tiverem seus corpos deflagrados e desaparecidos. Então para mim não é tão fácil olhar para a realidade vivida na minha ‘cidade maravilhosa’ e ter motivos para comemorar seu aniversário. Continuar lendo